Estava lendo a Nova Escola de abril/2012 que acabou de sair do forno e alguns pontos da entrevista da doutora Telma Weisz (educadora e pesquisadora) chamaram a minha atenção.
Um deles é que o incentivo ao hábito da leitura “deve ser responsabilidade de todos os educadores”, e não apenas dos professores dos anos iniciais. Como disse Telma Weisz na mesma entrevista “sempre haverá novos gêneros e desafios de leitura à medida que se avança na escolaridade” e, hoje, as dificuldades estão nos diversos atrativos da televisão, da internet, dos vídeo games...
Mas não quero aqui fazer uma abordagem global, nem me reportar a termos distantes do cotidiano da sala de aula. Quero facilitar e trazer praticidade para meus colegas de profissão que visitam esse espaço.
Aproveito para reforçar que o incentivo ao hábito da leitura não é apenas tarefa da Língua Portuguesa, mas de todos os componentes curriculares, pois junto com a leitura vem a interpretação e a escrita, utilizadas nas demais disciplinas.
O ato de interpretar, pensar, analisar e conversar sobre o que foi lido deve ser visto de forma primordial para o trabalho de formação do aluno leitor e escritor, já que é muito difícil um apreciador da leitura não escrever bem.
Trago aqui duas dicas para os professores dos anos iniciais:
• Manter a constância e regularidade em um mesmo gênero por certo tempo facilita a construção da referência desse gênero (seja ele receita, poema, carta ...);
• Propor situações de escrita em dupla, e não apenas individual, já que isso estimula o debate, enriquece o vocabulário e amplia o conhecimento.
Sem fugir da nossa responsabilidade como educadores, penso que seja essencial a participação da família nesse processo, pois são nos primeiros anos da infância que se formam os verdadeiros leitores e escritores.
Como sei que o blog recebe visitas também de pessoas que não são da área da Educação, mas são pais, tios/tias, avôs/avós, deixo algumas dicas:
• Dê livros de presentes, dando preferência para temas que interessam a sua criança;
• Faça da leitura um momento de prazer - vale até servir refrigerante, chocolate e pipoca;
• Brinque de “forca” e “stop”, pois além de ser uma delícia, ajuda ampliar o vocabulário.
Práticas simples como essas contribuirão para enriquecer culturalmente nossas crianças e ajudarão a criar grandes homens e mulheres, pois, como disse Carl Rowan: “Os livros são o templo do saber, e estes têm libertado mais pessoas que todas as guerras da história”.
Espero que tenham gostado do post de hoje e aguardo opiniões e sugestões!